Tudo o que precisa de saber sobre: Dutasterida
A Dutasterida foi patenteada em 1996, aprovada pela FDA para o tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata tendo sido introduzida no mercado no final de 2002 com a marca comercial de Avodart nos Estado Unidos e posteriormente introduzida em muitos outros países na Europa e América do Sul.
Atualmente já é possível adquirir as fórmulas genéricas.
A Dutasterida inibe as 3 formas de 5α-redutase, e pode diminuir os níveis de di-hidrotestosterona (DHT) no sangue em até 98%. O tratamento é eficaz e apresenta resultados comprovados na alopécia androgenética masculina e feminina.
Antes de avançar, nunca é demais lembrar que qualquer tratamento deve sempre ser prescrito e acompanhado por um médico, que é responsável pela avaliação dos riscos associados ao seu caso e pela avaliação da sua saúde durante o tratamento.
Como funciona
A testosterona é considerada a principal hormona masculina. Ela é produzida principalmente nos testículos, mas também em menores quantidades nos ovários das mulheres, e em ambos os sexos nas glândulas adrenais (ou suprarrenais).
A testosterona tem diversas funções no organismo. Ela promove o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino do feto dentro do útero, as mudanças pelas quais os meninos passam durante a puberdade, incentiva o crescimento muscular, a conservação da densidade dos ossos, interfere nos níveis de energia e atividade física, no desejo sexual, na agressividade e em diversos outros aspetos.
Em algumas partes do corpo, como a próstata e os folículos capilares (estruturas onde os fios de cabelo são produzidos), cerca de 5% da testosterona corporal é convertida em di-hidrotestosterona (DHT), uma espécie de versão mais forte da hormona, pode ser de 2 a 5 vezes mais forte que a testosterona).
A di-hidrotestosterona (DHT) é fundamental para a formação do feto masculino (mais importante que a própria testosterona), participa do amadurecimento do sistema sexual dos homens durante a adolescência e regula o funcionamento da próstata, mas não parece ter muita influência sobre o crescimento muscular, a densidade óssea e outros sistemas onde a testosterona interfere.
O problema é que a di-hidrotestosterona (DHT) também pode fazer os cabelos caírem.
A hormona se conecta aos recetores androgénicos (5α-redutase) presentes nos folículos capilares e faz com que a fase de crescimento do cabelo fique cada vez menor, reduzindo progressivamente o diâmetro e a atividade dos folículos, podendo chegar ao ponto de fazer com que eles parem completamente.
O que a Dutasterida faz é é inibir a ação da enzima 5α-redutase, que é a responsável pela conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT). Com isso, os níveis de di-hidrotestosterona (DHT) no organismo são reduzidos, mas não há impacto significativo sobre o nível de testosterona no corpo.
Após três meses de tratamento capilar com a Dutasterida, já é possível perceber o fim da queda de cabelo. A medicação reage de formas diferentes, de acordo com cada caso.
De um modo geral, é recomendada a toma diária de 0,5 mg por dia durante quatro a seis meses para obter resultados.
Infelizmente os resultados não são permanentes: se o tratamento for interrompido, a calvície volta a avançar no ritmo normal e pode atingir os fios que cresceram.
A respeito dos efeitos colaterais ainda não há informação 100% conclusiva que diga se a Dutasterida é absolutamente segura. Na maior parte da população não há efeito algum, mas em 2 a 5% da população esses efeitos existem.
Assim, se está a pensar engravidar deve interromper o tratamento com Dutasterida 6 meses antes de engravidar. Após terminar a amamentação pode retomar o tratamento.
Conte-nos a sua experiência, poderá ser muito útil para quem está agora a começar a sua luta contra a alopécia.